Abaixo são relacionados os principais itens aplicáveis das normas referência para os trabalhos realizados pela Blusafe:
5.1 NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade
10.2.8 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.
10.3 – SEGURANÇA EM PROJETOS
10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.
10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.
5.2 ABNT NBR IEC 60204-1:2020
8.2 Circuito de proteção
8.2.1 Generalidades
O circuito de proteção consiste na interconexão de:
● terminal(ais) PE (ver 5.2);
● condutores de proteção (ver 3.1.51) no equipamento da máquina, incluindo contatos deslizantes
quando fizerem parte do circuito;
● partes condutivas estruturais e partes condutivas expostas do equipamento elétrico.
● partes condutivas estruturais da máquina.
Não é necessário conectar as partes condutivas expostas ao circuito de ligação de proteção quando
essas partes forem instaladas de modo que elas não constituam um perigo, porque:
— elas podem não ser tocadas em grandes superfícies ou agarradas com a mão, e elas são de
tamanho pequeno (menor que 50 mm × 50 mm aproximadamente);
ou
— elas estão localizadas de modo que qualquer contato com partes energizadas ou uma falha no
isolamento seja improvável.
Isto se aplica às partes pequenas, como parafusos, rebites e plaquetas de identificação e às partes
dentro de um invólucro, independentemente do seu tamanho (por exemplo, bobinas de contatores ou
relés e partes mecânicas de dispositivos).
8.2.2 Condutores de proteção
Os condutores de proteção devem ser identificados.
Invólucros metálicos ou estruturas ou placas de montagem de equipamentos elétricos, conectados ao circuito de proteção, podem ser utilizados como condutores de proteção se eles atenderem aos três
requisitos seguintes:
● sua continuidade elétrica deve ser assegurada por construção ou por conexão adequada, de
modo a assegurar proteção contra deterioração mecânica, química ou eletroquímica;
● devem estar em conformidade com os requisitos da IEC 60364-5-54:2011, 543.1;
● devem permitir a conexão de outros condutores de proteção em cada ponto de derivação
predeterminado.
As seguintes partes da máquina e seu equipamento elétrico devem ser conectadas ao circuito de
proteção, porém não podem ser utilizadas como condutores de proteção:
● partes condutivas estruturais da máquina;
● dutos metálicos de construção flexível ou rígida;
● revestimentos ou blindagens metálicos;
● tubos metálicos que contenham materiais inflamáveis, como gases, líquidos, pó;
● eletrodutos metálicos flexíveis ou maleáveis;
● partes construtivas sujeitas a tensões mecânicas em serviço normal;
● partes metálicas flexíveis, suporte para cabos, bandejas para cabos e leitos de cabos.
8.2.3 Continuidade do circuito de proteção
Quando uma parte for removida por qualquer razão (por exemplo, manutenção de rotina), o circuito de proteção para as partes restantes não pode ser interrompido.
Pontos de conexão e ligação devem ser projetados de modo que a sua capacidade de condução
de corrente não seja prejudicada por influências mecânicas, químicas ou eletroquímicas. Quando
invólucros e condutores de alumínio ou ligas de alumínio forem utilizados, convém que seja dada
atenção especial devido à possibilidade de corrosão eletrolítica.
8.2.4 Pontos de conexão do condutor de proteção
Todos os condutores de proteção devem ter terminações de acordo com 13.1.1. Os pontos de conexão do condutor de proteção não são destinados, por exemplo, a fixar aparelhos ou partes.
Cada ponto de conexão do condutor de proteção deve ser identificado ou rotulado utilizando o símbolo IEC 60417-5019:2006-08, conforme ilustrado na Figura 5;
Figura 5 – Símbolo IEC 60417-5019
8.2.5 Máquinas móveis
Em máquinas móveis com fontes de alimentação embarcadas, os condutores de proteção, as partes
condutivas estruturais do equipamento elétrico e as partes condutivas externas que formam a estrutura
da máquina devem ser todos conectados a um terminal de ligação de proteção para fornecer proteção
contra choque elétrico.
13 Práticas de fiação elétrica
13.1 Conexões e rotas
13.1.1 Requisitos gerais
Todas as conexões, especialmente aquelas do circuito de ligação de proteção, devem ser protegidas contra o afrouxamento acidental.
A conexão de dois ou mais condutores a um terminal é permitida somente nos casos onde o terminal é projetado para essa finalidade. Entretanto, somente um único condutor de proteção deve ser conectado a um único ponto de conexão do terminal.
Conexões soldadas somente devem ser permitidas quando terminais adequados para soldagem
forem fornecidos.
Os terminais em blocos de terminais devem ser devidamente marcados ou rotulados de forma a corresponder com a identificação utilizada nos diagramas.
13.2 Identificação dos condutores
13.2.2 Identificação do condutor de proteção/condutor de ligação de proteção
O condutor de proteção/condutor de ligação de proteção deve ser facilmente distinguível dos outros condutores pela forma, local, marcação ou cor. Quando a identificação for somente pela cor, a combinação bicolor de VERDE E AMARELA deve ser utilizada em todo o comprimento do condutor. Essa identificação de cor é estritamente reservada para condutores de proteção/condutores de ligação de proteção.
Para condutores isolados, a combinação bicolor de VERDE E AMARELA deve ser tal que em qualquer 15 mm de comprimento, uma das cores cubra pelo menos 30 % e não mais que 70 % da superfície do condutor, com a outra cor cobrindo o restante da superfície.
Quando o(s) condutor(es) de proteção puder(em) ser facilmente identificado(s) por sua forma, posição ou construção (por exemplo, um condutor trançado, condutor trançado não isolado), ou quando o condutor isolado não for prontamente acessível ou fizer parte de um cabo com núcleos múltiplos, a codificação por cores em todo o seu comprimento não é necessária, Entretanto, quando o condutor não for claramente visível em todo o seu comprimento, as extremidades ou locais acessíveis devem ser claramente identificados.
5.3 ABNT NBR-5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.
6.4 Aterramento e eqüipotencialização
6.4.1 Aterramento
6.4.1.1 Eletrodos de aterramento
6.4.1.1.1 Toda edificação deve dispor de uma infra-estrutura de aterramento, denominada “eletrodo de
Aterramento”, sendo admitidas as seguintes opções:
a) preferencialmente, uso das próprias armaduras do concreto das fundações (ver 6.4.1.1.9); ou
b) uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no concreto das fundações (ver 6.4.1.1.10); ou
c) uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação e complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-degalinha“); ou
d) no mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da edificação e complementado, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-de-galinha”).
6.4.1.1.2 A infra-estrutura de aterramento prevista em 6.4.1.1.1 deve ser concebida de modo que:
a) seja confiável e satisfaça os requisitos de segurança das pessoas;
b) possa conduzir correntes de falta à terra sem risco de danos térmicos, termomecânicos e eletromecânicos, ou de choques elétricos causados por essas correntes;
c) quando aplicável, atenda também aos requisitos funcionais da instalação.
6.4.1.1.3 Como as opções de eletrodos de aterramento indicadas em 6.4.1.1.1 são também reconhecidas pela ABNT NBR 5419, elas podem e devem ser usadas conjuntamente pelo sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação, nas condições especificadas naquela norma.
6.4.1.1.4 Não se admite o uso de canalizações metálicas de água nem de outras utilidades como eletrodo de aterramento, o que não exclui as medidas de eqüipotencialização prescritas em 6.4.2.
6.4.1.1.5 A infra-estrutura de aterramento requerida em 6.4.1.1.1 deve ser acessível no mínimo junto a cada ponto de entrada de condutores e utilidades e em outros pontos que forem necessários à eqüipotencialização de que trata 6.4.2.
6.4.2 Equipotencialização
6.4.2.1 Eqüipotencialização principal
6.4.2.1.1 Em cada edificação deve ser realizada uma eqüipotencialização principal, reunindo os seguintes elementos:
a) as armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação;
b) as tubulações metálicas de água, de gás combustível, de esgoto, de sistemas de ar-condicionado, de gases industriais, de ar comprimido, de vapor etc., bem como os elementos estruturais metálicos a elas associados;
c) os condutos metálicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;
d) as blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;
e) os condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;
f) os condutores de interligação provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura existentes ou previstos no entorno da edificação;
g) os condutores de interligação provenientes de eletrodos de aterramento de edificações vizinhas, nos casos em que essa interligação for necessária ou recomendável;
h) o condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se não existente ou se a edificação tiver que ser
alimentada, por qualquer motivo, em esquema TT ou IT ;
i)o(s) condutor(es) de proteção principal(is) da instalação elétrica (interna) da edificação.
6.4.2.2 Eqüipotencializações suplementares (eqüipotencializações locais)
A realização de eqüipotencializações suplementares (eqüipotencializações locais) pode ser necessária por razões de proteção contra choques, conforme previsto em 5.1.2.2, ou por razões funcionais, incluindo prevenção contra perturbações eletromagnéticas, conforme previsto em 5.4.3.5. 6.4.2.2.1 Eqüipotencialização suplementar visando proteção contra choques elétricos.
Os casos em que se exige ou se recomenda a realização de eqüipotencializações locais com vista à proteçãocontra choques são tratados em 5.1.3.1 e na seção 9.
6.4.3.3 Continuidade elétrica dos condutores de proteção
6.4.3.3.1 Os condutores de proteção devem ser adequadamente protegidos contra danos mecânicos,
deterioração química ou eletroquímica, bem como esforços eletrodinâmicos e termodinâmicos.